Redação anulada – Veja estes erros

Exemplo de redação (anulada)

Enem imagem oficial do Exame Nacional do Ensino Médio Faculdade Federal

Agricultura: progresso ou regreção?

A agricultura é uma das culturas mais importantes para o desenvolvimento do Brasil. Mesmo inconcientemente, grande parte da população contribui para isso, já que a qualidade de vida, adiquirida através do uso de produtos naturais, é um dos assuntos mais questionados atualmente, podendo até ser considerada um "status"para quem a tem, ou quer ter.
Tal cultura é responsável por 42% das exportações e 37% dos empregos, representando um terço do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
Porém os métodos agrícolas mudaram muito ao longo do tempo. Para produzir mais e perder menos produtos, são usados agrotóxicos que, além de prejudicar o produto, podem ser prejudiciais à terra, tornando-a, aos poucos, infértil. Além disso, são feitos vegetais transgênicos, vegetais geneticamente modificados para serem mais resistentes.
O Brasil é um dos países mais privilegiados nesse aspecto por seu clima, solo, disponibilidade água, biodiversidade.
Por obter uma boa renda, os agricultores acabam se despreocupando com questões importantes como o uso excessivo dos recursos naturais, a contaminação da água e do solo, a distribuição de biomas. A agricultura também causa impactos sociais, em forma de desemprego, já que a mão-de-obra braçal foi substituída por máquinas, os trabalhadores do campo vão procurar empregos nas cidades, causando êxodo rural e, quando chegam nas cidades, se deparam com o desemprego, a miséria e a desigualdade social.
A solução para estes problemas não é simples, pois isso envolve a mudança de culturas e costumes e, considerando os lucros elevados que esses agricultores têm, seria impossível apenas extinguir esse tipo de cultura.
De que adianta ser um país considerado no exterior, se o que o faz progredir externamente é o que o faz regredir internamente?

Análise da redação

FUGA FATAL: esta redação foi anulada pela banca de avaliadores. Não foram, no entanto, os vários equívocos em relação à norma culta que motivaram a decisão. 0 problema mais grave foi a fuga do tema.Apesar de apresentar um olhar crítico para os problemas sociais brasileiros, o candidato não trabalhou com a "agricultura" dentro do recorte temático proposto.pela prova e optou por analisar a situação a partir de um estranho relacionamento entre agrotóxicos, transgênicos e êxodo rural. Seriam, de fato, bons elementos para uma tese, mas para outro enunciado.

LUGAR-COMUM: observe o parágrafo: "0 Brasil é um dos países mais privilegiados nesse aspecto por seu clima, solo, disponibilidade água, biodiversidade".
Nota-se, nesse trecho curto - de ideias não desenvolvidas - o uso claro do lugar-comum. Falar dos já conhecidos privilégios climáticos do Brasil sem ser específico e sem usar os conceitos para tecer uma argumentação demonstra falta de conhecimento sobre o tema. Não custa repetir: é sempre melhor evitar escrever a respeito do que não se sabe muito bem, ou a respeito de elementos que, apresentados apenas superficialmente, não contribuem para fortalecer o ponto de vista defendido.

NORMA CULTA: confira a grafia correta dos termos errados no texto:
• regressão
•inconscientemente
•adquirida

Atividade sobre sujeito e predicado

Você está fazendo revisão para o Enem, vestibular ou concursos públicos? Esta é uma série de atividades adequadas para você. Sem muitas descrições, esta é uma atividade direcionada para quem está estudando para o Enem.

Lista de atividades

1 – Leia os primeiros versos de um poema de Manuel Bandeira.

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a) No primeiro verso, o poeta emprega anunciaram com a intenção de generalizar ou de individualizar o sujeito? Como se classifica esse sujeito?

b) Transcreva e classifique o sujeito do segundo verso.

2 - Muitas vezes, é o contexto que permite identificar a quem o falante está se referindo. Observe, por exemplo, estas duas primeiras cenas de uma história em quadrinhos. (2.0)

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a) Transcreva o sujeito da oração empregada pelo personagem no segundo quadrinho.

b) A que ser o menino estaria se referindo ao usar esse sujeito?

3 - "Pagam bem lá?" Nesta oração o sujeito é: (1.0)

a) oculto
b) simples
c) indeterminado
d) oração sem sujeito

Justifique

4 - "Precisa-se de operários para a obra." Nesta oração o tipo de sujeito é: (1.0).

a) composto
b) indeterminado
c) simples
d) oração sem sujeito

Justifique

5 – Faça a análise sintática das orações a seguir. ( Encontre o sujeito ,separe o sujeito do predicado, encontre o núcleo e classifique o sujeito em: simples, composto, implícito ou indeterminado). (2.0)

a) Maria foi comprar livros

b) Nós vamos ao mercado hoje.

c) Falei com ele ontem.

d) Precisa-se de manicure.

6 - Coloque as frases que estão na ordem inversa na ordem direta. (2.0)

a) Tem o focinho magro e pontudo o crocodilo.

b) De oxigênio precisam todos os animais.

c) Tem ossos a maioria dos peixes.

d) Pode ficar um crocodilo adulto até dois anos sem comer.

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Prova revisional sobre Sintaxe

candidatos-fazem-prova-da-primeira-fase-da-fuvestNeste artigo você verá uma pequena lista de exercícios de gramática abordando o início desse conteúdo. Você verá questões sobre frase , oração e período e também sobre ordem direta. Desenvolva estas atividades e depois confira como anda sua apreensão de conteúdos. Caso seja professor, elabore suas listas de exercício para que seus alunos estudem bastante antes das provas oficiais. Você pode também revisar todo este conteúdo com os melhores professores lá no site do Descomplica. Você poderá ver se o Descomplica é bom em poucos cliques e ainda tem várias aulas gratuitas para assistir nessa reta final para preparação do Enem.

Lista de atividades de sintaxe

1 – Leia os primeiros versos de um poema de Manuel Bandeira.

clip_image002

a) No primeiro verso, o poeta emprega anunciaram com a intenção de generalizar ou de individualizar o sujeito? Como se classifica esse sujeito?

b) Transcreva e classifique o sujeito do segundo verso.

2 - Muitas vezes, é o contexto que permite identificar a quem o falante está se referindo. Observe, por exemplo, estas duas primeiras cenas de uma história em quadrinhos.

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a) Transcreva o sujeito da oração empregada pelo personagem no segundo quadrinho.

b) A que ser o menino estaria se referindo ao usar esse sujeito?

3 - "Pagam bem lá?" Nesta oração o sujeito é:

a) oculto
b) simples
c) indeterminado
d) oração sem sujeito

Justifique

4 - "Precisa-se de operários para a obra." Nesta oração o tipo de sujeito é:

a) composto
b) indeterminado
c) simples
d) oração sem sujeito

Justifique

5 – Faça a análise sintática das orações a seguir. ( Encontre o sujeito ,separe o sujeito do predicado, encontre o núcleo e classifique o sujeito em: simples, composto, implícito ou indeterminado).

a) Maria foi comprar livros

b) Nós vamos ao mercado hoje.

c) Falei com ele ontem.

d) Precisa-se de manicure.

6 - Coloque as frases que estão na ordem inversa na ordem direta.

a) Tem o focinho magro e pontudo o crocodilo.

b) De oxigênio precisam todos os animais.

c) Tem ossos a maioria dos peixes.

d) Pode ficar um crocodilo adulto até dois anos sem comer.

Aprenda o que é Descrever – Descrição

exercício-enem-interpretacao-descomplica (10)Descrever é representar com palavras um objeto - uma coisa, uma pessoa, uma paisagem, uma cena, ou mesmo um estado, um sentimento, uma experiência etc - fundamentalmente por meio de nossa percepção sensorial, nossos cinco sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladar.

No texto descritivo, o sujeito cria uma imagem verbal do objeto - entenda-se a palavra no sentido mais amplo possível -, dando suas características predominantes, apresentando os traços que o singularizam, de acordo com o objetivo e o ponto de vista que possui ao realizar o texto.

Leitura Comentada: Um Texto Descritivo

Ela possuía a dignidade do silêncio. Seu porte altivo era todo contido e movia-se pouco. Quando o fazia, era como se estivesse procurando uma direção a seguir; então, encaminhava-se diretamente, sem desvios, ao seu objetivo.
O cabelo era louro-dourado, muito fino e sedoso, as orelhas pequenas. Os olhos tinham o brilho baço dos místicos. Pareciam perscrutar todos os mistérios da vida: profundos, serenos, fixavam-se nas pessoas como se fossem os olhos da consciência, e ninguém os aguentava por muito tempo, tal a sua intensidade. O olho esquerdo tinha uma expressão de inquietante expectativa.
Os lábios, de rebordos bem definidos, eram perfeitos e em harmonia com o contorno do rosto, de maçãs ligeiramente salientes. O nariz, quase imperceptível na serenidade meditativa do conjunto. Mas possuía narinas que se dilatavam nos raros momentos de "cólera sagrada", como costumava definir suas zangas.
A voz soava grave e profunda. Quando irritada, emergia rascante, em estranha autoridade, dotada de algo que infundia respeito. Tinha um pequeno defeito de dicção: arrastava nos erres por causa da língua presa.
A mão esquerda era um milagre de elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou contornava os objetos com prazer. No trabalho, ágil e decidida, parecia procurar suprir as deficiências da outra dura, com gestos mal controlados, de dedos queimados, retorcidos, com profundas cicatrizes.
Cumprimentava às vezes com a mão esquerda. Talvez por pudor, receosa de constranger as pessoas, dirigia-se a elas com economia de gestos. Alguns de seus manuscritos eram quase ilegíveis. Assinava com bastante dificuldade, mas utilizava ambas as mãos para datilografar.
Era profundamente feminina, exigia e se exigia boas maneiras. Bem cuidada no vestir, vaidosa, mas sem sofisticação.
Nunca saía sem estar maquilada e trajada às vezes com algum requinte: turbante, xale, vários colares e grandes brincos. O branco, o preto e o vermelho eram uma constante em seu guarda-roupa.
O batom geralmente era de tom rubro forte; o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a obliquidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, de traços nobres e, talvez, inatingível.
Quanto à afetividade, acreditava que, quando um homem e uma mulher se encontram num amor verdadeiro, a união é sempre renovada, pouco importando brigas e desentendimentos.
Ambicionava viver numa voragem de felicidade, como se fosse sonho. Teimosa, acreditava, porém, na vida de todos os dias. Defini-la é difícil. Contra a noção de mito, de intelectual, coloco aqui a minha visão dela: era uma dona-de-casa que escrevia romances e contos.
Dois atributos imediatamente visíveis: integridade e intensidade. Uma intensidade que fluía dela e para ela refluía. Procurava ansiosamente, lá, onde o ser se relaciona com o absoluto, o seu centro de força - e essa convergência a consumia e fazia sofrer. Sempre tentou de alguma maneira solidarizar-se e compreender o sofrimento do outro, coisa que acontecia na medida da necessidade de quem a recebia. O problema social a angustiava.
Sabia o quanto doíam as coisas e o quanto custava a solidão.
São muitos os "mistérios" que aos olhos de alguns a transformaram em mito. Simplesmente, porém, em Clarice não aparecia qualquer mistério. Ela descobria intuitivamente o mistério da vida e do ser humano; em compensação, era capaz de dissimular o seu próprio mistério.

(Olga Boreli - Clarice Lispector, Esboço para um possível retrato - texto adaptado - Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1981)

Vejamos, comentando o texto apresentado, algumas características fundamentais do texto descritivo:

Descrição: Objetivo e Ponto de vista

acesse aqui o descomplicaRepare que o objetivo da autora, no texto lido, é traçar um perfil físico e psicológico de Clarice Lispector, grande escritora da literatura brasileira, de quem foi amiga.

O seu ponto de vista ao realizar a descrição pressupõe, portanto, proximidade com o objeto descrito, o que percebemos pela grande quantidade de detalhes reveladores de convivência íntima, presentes no texto.

Além disso, a imagem de Clarice que Olga Boreli pretende transmitir ao leitor está explicitada na seguinte passagem do texto: Defini-la é difícil. Contra a noção de mito, de intelectual, coloco aqui a minha visão dela: era uma dona-de-casa que escrevia romances e contos.

Perceba que para recriar descritivamente esta imagem, ou seja, para colocar a sua visão, o seu ponto de vista a respeito da escritora, a autora ora se detém em características físicas, ora em características psicológicas, e mais comumente mescla ambos os tipos de características, fazendo com que reciprocamente se iluminem. Ao mesmo tempo, tais características vão ao encontro do ponto de vista defendido, fundamentando-o.

Exemplo:

Características físicas:

Nunca saía sem estar maquilada e trajada às vezes com algum requinte: turbante, xale, vários colares e grandes brincos. O branco, o preto e o vermelho eram uma constante em seu guarda-roupa.

Características psicológicas:

Ambicionava viver numa voragem de felicidade, como se fosse sonho. Teimosa, acreditava, porém, na vida de todos os dias.

Mescla de características físicas e psicológicas:

Os olhos (...) pareciam perscrutar todos os mistérios da vida (...) fixavam-se nas pessoas como se fossem os olhos da consciência, e ninguém os aguentava por muito tempo, tal a sua intensidade.

O nariz quase imperceptível na serenidade meditativa do conjunto. Mas possuía a narinas que se dilatavam nos raros momentos de "cólera sagrada", como costumava definir suas zangas.

O batom geralmente era de tom rubro forte; o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a obliquidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, de traços nobres e, talvez, inatingível.

Conclusões importantes

Por meio destes exemplos concluímos que tanto o objetivo da descrição quanto o ponto de vista do sujeito em relação ao objeto descrito devem ser minuciosamente observados, para se criar esse tipo de texto.

Em outras palavras, na descrição a seleção dos traços, das características que mostrarão ao leitor como é um determinado objeto, deve ser elaborada pelo sujeito de forma coerente e adequada com seu objetivo e ponto de vista ao descrever.

Entretanto, antes de selecionar é preciso enumerar, isto é, fazer uma lista de traços, características e detalhes do objeto, da maneira mais livre possível.

Você pode se colocar em diferentes perspectivas (próximo, distante, atrás, na frente, em cima, embaixo, do lado etc) em relação a ele, pode conjugar memória e imaginação, pode pensar se considerou todos os sentidos ao descrever (visão, tato, audição, olfato, paladar), pode misturar sensações com sentimentos, emoções, reflexões.

Só não deve bloquear este fluxo pensando antecipadamente na montagem, na organização final do texto. Este processo vem depois, quando você já tem os elementos necessários para cortar o que está repetido, acrescentar o que falta, hierarquizar em principais e secundários os aspectos escolhidos, enfim, ajustar o como ao porquê: o tipo de texto (por exemplo: com maior objetividade ou maior subjetividade, presença expressiva de detalhes ou linguagem mais enxuta, ponto de vista mais próximo ou mais distante, favorável ou desfavorável etc) ao contexto de produção (os objetivos do texto e a situação que gerou a necessidade de escrevê-lo).

Caso você queira saber mais sobre como fazer uma boa redação, clique neste link.

Situações-problema e conceitos básicos na redação

Há muitas e diferentes maneiras de se montar um texto. Existem os que pensam em começar a escrever a partir da famosa "inspiração". Ficam horas esperando cair algo mágico no pensamento, para que aquilo se torne um bom argumento, o que vamos considerar logo de antemão que isso poderia até funcionar, mas não para algo lógico e convincente como se espera de uma dissertação argumentativa. Talvez fosse uma boa estratégia para as narrativas, por exemplo.

Exercício com frase do Marquês de Maricá

Esta é uma sequência de exercícios bastante eficaz para quem está estudando para as provas de Ensino Médio e também para o Vestibular. São atividades com gabarito como as publicadas no site Mais Educativo. Lá, no entanto, a lista é bem maior e traz sequências com maior dificuldade. Veja as que publiquei abaixo e confira as respostas comentadas depois.

Texto
“Uma nação já não é bárbara quando tem historiadores.”
(Marquês de Maricá, in Máximas)

1) O texto é:
a) uma apologia à barbárie
b) um tributo ao desenvolvimento das nações
c) uma valorização dos historiadores
d) uma reprovação da selvageria
e) um canto de louvor à liberdade

2) Só não constitui paráfrase do texto:
a) Um país já não é bárbaro, desde que nele existem historiadores.
b) Quando tem historiadores, uma nação já é civilizada.
c) Uma nação deixa de ser bárbara quando há nela historiadores.
d) Quando possui historiadores, uma nação não mais pode ser considerada bárbara.
e) Desde que tenha historiadores, uma nação já não é mais bárbara.

Atividades de interpretação com gabarito



Respostas

1) O gabarito é a letra c. A opção a é absurda por si mesma. A letra b não cabe, pois o texto não fala de homenagem à nação. Não pode ser a letra d, porque nada no texto reprova a barbárie (o leitor precisa ater-se ao texto). A última opção é totalmente sem propósito. Na realidade, o autor valoriza os historiadores, uma vez que é a sua presença que garante estar a nação livre da barbárie.

2) Letra e. O que responde à questão é o valor dos conectivos. A palavra quando introduz uma oração temporal. O mesmo ocorre com o desde que da letra a. (observe que o verbo se encontra no modo indicativo: existem.) Na letra e, a conjunção desde que (o verbo da oração está no subjuntivo: tenha) inicia oração com valor de condição, havendo, pois, alteração de sentido.